domingo, 17 de junho de 2007

Lá...aí


Toco-te


Sem querer toco-te na face, qual lírio maduro desfazes-te à sensação,

Aconchegas-te no meu olhar que recai incondicionalmente sobre ti

Que acompanha o deslizar do teu rosto imaculado de quem sonha a sua vida.

Agora agarro-te, abraço-te, beijo-te, desfaço-te de tanta vontade de não te desfazer,

Um antagonismo que é próprio de quem se inquieta por quem tanto zela.

Penso nos teus sonhos, naquilo que te inspira a viver dia após dia,

Aquilo que te diferencia de toda esta gente que não se mostra, que se esconde, que foge!

Gosto de te olhar enquanto choras, enquanto sorris, enquanto te preocupas,

Enquanto estou sentidamente a teu lado,

E creio-me bafejado pela sorte ao dizer que te tenho incondicionalmente em mim,

Desculpa se alguma vez te fiz desacreditar em mim, se te fiz boneca de trapo,

Mas, se o fiz, juro com tudo o que tenho, que não era por certo o que queria.

Inspiras-me para voos mais altos que a minha própria imaginação,

Do que aquilo que eu próprio consigo produzir com a minha desconcertante estupidez,

Algo que me é inato e que continuo a julgar parte integrante de quem eu sou.

Deixa-me passar as minhas mãos pelos teus cabelos, deixa-me criar um mundo para ti,

Deixa-me beijar-te cada vez mais, deixa-me ficar contigo para sempre…

Quero-te como o dia quer a noite, como o mar quer a areia, como Romeu queria Julieta,

E no entanto julgo isso não ser o suficiente para que faça jus à tua pessoa,

Mas peço-te que me olhes com os teus grandes olhos cheios de claridade,

Cheios de vida e de cor, e me digas que me amas,

E quero que me abraces num abraço sem fim, e acredita que irei sentir a tua falta.

Não quero saber nem imaginar como será sem ti ao meu lado a sorrir e a brincar,

Mas sobretudo não quero saber como será viver sem olhar para ti, e sem te beijar,

Sem, mais uma de muitas vezes, tocar infinitamente o teu rosto.

Fecha os teus olhos, mulher digna dos céus que nos são sobrepostos,

Fecha-os e diz-me o que sentes neste momento de intenso sentimento,

Diz-me aquilo que desejas, aquilo que queres, aquilo que te vai na alma,

Diz-me e verás que consegues voar acima de mim, e aí serás cada vez mais o meu sol.

Podes me chamar quando os sonhos que planeias não se tornarem reais,

Podes me chamar quando tiveres frio físico e sentimental,

Podes-me chamar sempre que quiseres, porque tu sabes que por ti largo tudo.

Não te esqueças que por ti interrompo a minha vida e rotina, não te esqueças!

Às vezes entrego-me à tristeza, mas tu crês-me inimigo dessa solidão,

Pelo que arribas o meu coração, e me fazes feliz por te ter, e mais ninguém o alcançar.

Nada mais há a acrescentar, porque há coisas que quero expressar e não sou capaz.

Amo-te, quero-te, desejo-te, penso em ti a toda a hora, é tudo o que posso acrescentar

E agora vamos então viver a NOSSA vida…

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