Percebi ainda ontem que sentia a tristeza de maneira diferente,
Diferente talvez, porque tu não a sentes,
Que jeito duro e puro de ver a realidade, porque o vento não te toca a face?
Porque a tua sensatez não te permite desvareios?
Ou porque simplesmente não te apetece sofrer?
A minha realidade não é como a tua, porque sentir a dor
Faz-me sentir vivo, sentir que ainda tenho algo sobre que pensar
Porque no dia em que isso se desvanecer ficarei pobre, serei pedra sem gravidade.
Não percebes o que sinto, mas deixas-me ser eu na minha parvoice
Com a minha caneta que me ofereceste, e aquele caderno
O tal que um dia leste, e disseste que estava interessante, mas que nao percebias.
Não entendes o quê, mas compreendes porquê.
Por agora, é tudo o que te peço, não me cortes o sonho.
Para ti.
Eduardo
1 comentário:
Este fez-me lembrar o Neruda... =)
("Não me cortes o sonho". Lindo.)
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