terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Escadas para o encerramento


Páginas de um momento cruzado contigo,
Na plenitude do meu ser melancólico,
Na magia de um crepúsculo iluminado pela lua,
Desistimos das nossas correntes; abraçámos o amor.
Longos são os dias que passaram desde o inicio,
E longos serão os dias que nos rodearão,
Mas sim, eu sei que não desistes de seres tu,
Mas também maldita seria a vontade tua se não o fosses.
É tudo que passa e deixa de ser verdade, na cruzada final do dia,
Sempre que se sentem as árvores a esconderem-se para lá do sol,
Penso no que me faz continuar sem o meu ócio,
Mas penso que a conclusão nenhuma cheguei desde que para aqui vim,
Porque sombras estou eu habituado a ver,
Mas atingi a escuridão de uma folha escondida debaixo de um banco.
Sim somos tu e eu,
Mas não, a hora não passa de mais um obstáculo à existência humana,
Quando de sorrisos não se alimenta uma flor,
Como poderás tu te alimentar do meu olhar distante?
Paciência é tudo,
Amor o complemento,
A vontade o complemento do complemento.
Assim somos, tu e eu, desde a mais remota hora.


Eduardo Coreixo

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