segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Eternidade curta


Batem as horas no relógio do Mundo,
Soam as badaladas das horas incongruentes
Esticam-se os ponteiros da morte,
Sentem-se os valores da regularidade pontual.

Porque não parar o tempo?
Desistir da salvação
E insistir na sorte...
Porque somos humanos.

Passa devagar como lágrimas a escorrerem
Enquanto passa e não passa pelos segundos afamados
Caem e morrem as palavras que custam a ouvir
Quando não fazem sentido.

Pressionam-se os mecanismos que movem,
Aquele relógio que empatou o beijo
Quando ameaçávamos cair no amor de uma vida,
Que pecado tão grande, em tão curto tempo vivido.

Dói, porque não acordou o despertador,
Quando o relógio bate e não bate,
Morrem as palavras e os desejos,
Porque hoje...hoje foi o dia da morte do tempo.


Eduardo Coreixo

3 comentários:

Anónimo disse...

"Pressionam-se os mecanismos que movem,
Aquele relógio que empatou o beijo
Quando ameaçávamos cair no amor de uma vida,
Que pecado tão grande, em tão curto tempo vivido."

Gostei especialmente desta parte =))
PARABÉNS amigo, cada vez publicas textos (neste caso poema) melhores!

;) Keep Going! *

Anónimo disse...

o tempo o dá, o tempo o tira...
são coisas da vida...
tristes mas que assim são...
tu sabes o que dizes, mas sabes mehor o que escreves, prefiro te ler que te ouvir, looool
beijinhos, (foi uma piada nada de amuos)***

Anónimo disse...

Agradeço todo carinho e amor da tua amizade e que em 2008 possamos continuar juntos neste caminhar poético da vida. sem discussões, com mais amor e alegria.
beijinhos amo-te