sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Nacionalismo morto (inspirado no post de Eduardo Rilhas)


Rolam os rolamentos da felicidade de uma criança,
Levanta-se e canta o Hino, de cabeça hirta
Porque a sesta da apatia já acabou, e tem que saber ser homem
Sim, que a inocência é para os fracos
Porque rebolar na lama é a consistência do corpo,
E o choro, que é dele? Morreu desde a partida de casa,
Quando olhava as paredes brancas do cal abandonado
Quando pensava na sinceridade das amizades
Quando pensava que estava contra sua vontade.
Perdeu a vontade, o sentimento.
É uma máquina. É uma arma.
Vê brincarem as crianças da televisão
E ergue os olhos para cima, porque televisão é veneno,
O Livro, guia o forte por entre o pecador
(a desistência de uma vida)
Porque lhe dói não saber o que é a liberdade de sentimento
Porque dobrou e deslizou no idealismo,
Que consome as suas vertigens e fobias,
Que o consome.

Hoje choro por quem ali viveu,
Morte à Mocidade Portuguesa,
Morte à tristeza platónica nacionalista.

Eduardo Coreixo

2 comentários:

Anónimo disse...

Gosh...

"E ergue os olhos para cima, porque televisão é veneno"

Que post tao genial...
Gostei bastante. Gostei sim.

Pseudónima disse...

Visualizei muito, neste. Muito bom, digas o que disseres. Cada vez gosto mais de te ler. =)