terça-feira, 3 de junho de 2008

Hora do Conto- A do meu afilhado


Decido continuar a hora do conto por agora. Acho que vale a pena, sabes? Falámos no outro dia que eu achava que a minha iniciativa de ter a minha própria maneira de conta era original, mas pronto, decidi aderir à tua moda, à tua maneira...No fim de contas não é aquilo que dizemos que conta,mas sim aquilo que mostramos.
Decidi que iría, contudo, fazer sim fazer esta história segundo as tuas regras, mas decidi fazer aplicar o meu estilo pessoal, e fazer uma reflexão em primeira pessoa, e não um conto propriamente dito. Entendes? Por vezes acho que falamos eu e tu, caro afilhado, mas acho que nem sempre sabemos ao certo aquilo que um diz ao outro, mas compreendemos... Aquilo do estarmos sozinhos e conseguirmos falar um com um outro, e saber a vidinha de um e do outro, nem sempre interessa, quando temos a parvoíce a correr pelas veias, mas eu acho que os momentos sérios também fazem falta...Hoje lembrei-me, de ti, das pausas que costumamos ter às quartas-feiras, de toda esta riqueza que não é portuguesa com certeza... Nós somos mais...Diferentes.
Não consta a dificuldade em enfrentar as reticências do coração, mas desde aquele dia na semana passada em que te vi tremer, fiquei um tanto ou quanto tocado...A coragem que é preciso admitir e mostrar que ficamos nervosos ao ponto de tremermos, só por informações passadas, por coisas que já aconteceram...Tentei te aconselhar, contudo, acho que não serviu de grande coisa, porque eu mais uma vez te entendi e compreendi...Perdeste o teu pavio, porque tiveste raiva daquele idiota, que coitado nem sabe o que fez...Para o meu aconselhamento ter valido alguma coisa, eu tería que não saber daquilo que estava a falar, dizer as coisas como se me interessasse, mas sem de facto querer saber...Mas contigo isso é difícil.
Mudamos conforme o nosso Luar, somos por isso aluados? Não. Somos seres intransigentes perante a dor em que nos acostumámos a ler, felicidades esporádicas que de vez em quando lá aparecem pelas linhas imaginárias deste blogue...Não será por certo essa a tua vantagem, caro afilhado, porque tu Sentes, tu Imaginas, tu deixas por vezer sentir aquilo que é para ser sentido. Não tenhas vergonha de tremer porque ela te contou isto ou aquilo, não sejas como as massas populares que se escondem perante aquilo que devem sentir. É este o teu Destino, escritor genial, sentido e não sentimental, mas não te deixes quebrar perante a pressão de seres sempre original, porque o que está criado e é apreciado por todos, tem sempre qualquer qualidade que temos e devemos aproveitar.
Este, meu caro afilhado, foi o conto do pensamento que me fizeste ter e sentir sobre aqueles 30 minutos que tivémos naquele corredor que se encontra entre a borga, e a sabedoria. Interpreta-o bem. Por certo o perceberás perfeitamente. Este é o meu conto.
Palavras-Chave:
amizade, luta, originalidade, preguiça.
Ao vivo e a cores,
Eduardo Coreixo

5 comentários:

Anónimo disse...

Aquele de quem falas é alguém, para mim, impossível de escrever.

Não é humano, é um ser acima de todos e que por isso estará sempre comigo mesmo quando eu ou ele estamos mais ausentes o que, infelizmente, tem sido frequente por razões a nós alheias.

Não o consigo expressar em palavras. Ele sabe o que é para mim e o que eu sou para ele. E o que já fomos.

Só o que seremos no futuro nenhum o sabe.

Um forte abraço como aquele que precisaste há uns anos depois de uma aula de Filosofia e eu estava lá.

Desculpa.

Anónimo disse...

Ah e o texto está muito bem escrito.

A boa escrita a que já nos habituaste.

Um abraço também para ti!

Anónimo disse...

Aquele de quem falas, é o melhor do mundo!

Anónimo disse...

A resposta será via post e vida real, melhor pensada e com mais tempo. Obrigado padrinho.

KerberoS disse...

Não é o melhor do mundo não.