terça-feira, 10 de novembro de 2009

Sem querer, de luto

Doi-me os pés de tanto andar nesta estrada,
Morto de desejo por largar estes sapatos mundanos.
Sonho com lágrimas que me aliviem estas mãos de pecador,
Água benta de desejos intermináveis
De mudanças de dias infinitos, de solidões inquestionáveis.
Sem sabor, sem calor humano, estrada deserta de mortes
Trespasseira a vida que aqui me trouxe,
Morto queria eu estar, em vez de pisar estes meus pés de pobre.
Estou morto. Por ti.