sábado, 17 de julho de 2010

À minha (pobre) imagem


Prometi-me que a minha escrita não se perdería.
1000 homens morreram pelo preço de uma guerra imunda,
Mil vozes que se foram por horas de defesa de um ideal,
Liberdade perdida na gueraa de um submundo
Uma destreza de balas perdidas em cantos e recantos.
Hoje canto pela vossa morte,
Canto um fado de injustiça, um vaivém lento
Agora estás cá, ora estás lá sentimento desleal.
Vamos para baixo juntos, ou não sabes quem és?

Deixaram as horas passar, as mortes foram esquecidas. Continuamos a viver num mundo, em que o próprio país já não chora as almas que se foram, aquelas que ainda cá ficam a penar por aquelas que já foram.
Não compreendo a injustiça de dizerem que as guerras acabaram, quando na nossa frente nascem conflitos desnecessários.
Hoje largo uma lágrima de sangue.


Desce ao meu mundo e senta-te ao meu lado,
Dor no peito que não me passa sem saber porque morreste
Dor transparente,
Morte ardente, por dias que passaram em fios de corda.
Frágil como uma luz, terna como um recém-nascido,
Não sou o teu ardor crescente, sou a tua raiva descendente.
Tudo bem, não é o nome,é a graça de quem o tem.

Hoje tenho raiva daqueles que nos tiram da nossa casa, para depois não regressarmos, ou voltarmos sem rei nem dono. Ouço as vozes de homens e mulheres a gritar de dor, sinto-as no meu peito. Sinto o seu arruinar de coração, a sua vontade de voltar para os seus.
Hoje pensei em vocês. É convosco que estão os meus pensamentos.
Agarrei-vos.

1 comentário:

Alucard disse...

gosto muito das imagens que crias ao longo do poema. Acho que evoluíste no sentido certo. pelo menos na minha opinião