quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Contrariedade (não o de Cesário Verde)


Procurar a imensidão de um espaço confinado à sua latitude,
Repetições de uma vida nada rotineira. Gotas de chuva à minha porta.
Medicação para uma paranóia distante daquilo que é a sua identidade
Um Sol tapado pela luz de um dia claro. Uma clarabóia.

As lágrimas vindas do céu param em pleno céu aberto, fechado na sua órbita
Sem poder de respirar pára, qual foto de momento. Silêncio.
Cama farta de estar aberta numa casa vazia de tanto preenchimento
Falta de um toque suave nesta rocha. Texturas mortais neste pão de vida.

Estarei aqui à sua espera, neste sofá isolado de cortinas
Estendo a mão por algum carinho não imediato. Paz de espirito.
Procura-me numa das luzes daqueles prédios altos, a roçar a liberdade de espirito
Estou aqui sentado por ti. Sem termo, sem suspiro.

Eduardo Coreixo, o regressado por momentos.

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