quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Desavença (Happy endings to exist)

Penso de forma diferente de ti.
Suspiros de forma suspeita e desconfiada
Alma desprovida de carácter e principios
Caminhar despromovido de saltos altos e poder.
                (Eu odeio-te sabias?)

Vou sair destes caminhos trilhados por mares de outra época
Areias perdidas por pegadas de um Espanhol que não triunfou
Esta Valência perdida de amor e saudade. Saudade. Saudade.
(Saudade que és tu unicamente portuguesa, que fazes tu aqui?)
Não me magoas ao chorar. Até ao fim não te irei perdoar.

Esta estrada já terminou para mim. São teclas de piano já usadas à muito.
Quero conhecer o teu outro alguém - esse teu lado menos obscuro
Essa tua aura mais clara. És moça triunfadora, mas não me tentas.
Não complico o complicado, clarifico o que outrora foi descolorido
(Lembras-te das horas tão sombrias como a tua alma?)
Deste-te mal. É a mágoa.

Este não é o teu poema, isto não é um poema
É uma narrativa com mais que demasiados parágrafos
É o simbologismo do que me criaste:
Horas longas felizes, com páragrafos de sofrimento
Que narram o nosso sofrimento e desdém,
Mas que acabam sempre de sorriso na cara, de covinha na bochecha.
(Amo-te desde sempre, sorrio e choro desde sempre, estou contigo para sempre.)

Esta é uma hora feliz. Uma história feliz e real. Não digo não à minha vida. Olho com os meus olhos arrependidos de tempo passado, de satisfação real, de ambição desmedida.

Eduardo Coreixo

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