segunda-feira, 4 de junho de 2007

Discrepâncias


Discrepâncias

Não houve nada, mas será que a presença é assim tão importante?

Os minutos do nosso silêncio foram comidos pelas horas da distância,

E os segundos da nossa amizade são contados pelos dias em que te tenho em mim.

Não é por mais nada que não o teu jeito,

O olhar que passou pelo que não senti que tinha em mim. Tu.

Sempre queres fugir para lá da tua identidade? Refugias-te no meu ombro. Não.

Sempre te olhei com o mais religioso dos respeitos, mas sei,

Que nem sempre tive toda a tua atenção, nem sempre respiraste as minhas ideias,

E acredita, que o desperdício de uma vida passa por esses momentos fugazes,

Mas os teus olhos solares continuaram a iluminar durante noites a fim o meu percurso.

Junto à minha pele, foste alguém que já aqui esteve, junto ao inferno,

E diz o que tenhas a dizer, porque estou cada vez mais impuro, e nada há mais a falar.

Giro-te em torno do mais belo chão estrelar, e sorris. Significas aquilo que quis,

Porque não sou quem por vezes julgam ser, mas sou aquilo que tenho que ser contigo,

E sabes que sempre que sintas a mais pequena gota a esvair dos teus olhos,

Urge aos céus a minha ajuda, porque não te quero sentir em desafogo.

Permites-me confundir o que sinto, consentes que volte a ter a certeza da minha estupidez,

E sem te querer tocar na angélica face de quem sente o mundo de maneira diferente,

Sinto-me tentado a querer para ti o melhor dos superiores sonhadores,

Alguém que te possa ajudar a efectivar os teus doces devaneios poéticos.

Entrego a minha alma em ti porque sei que a vais ler com atenção, e peço-te,

Bloqueia-a para que nunca mais tenhas que atingir os picos da idiotice comigo.

Parcas são as palavras que caem neste papel,

Mas sim foste e serás aquela que me transformou, que me fez duvidar do que sentia,

Mas quem tomou a decisão de te deixar entrar em mim fui eu,

E por isso sente o vento beijar a tua face, és livre,

Este universo é teu. Abre a tua voz pelos longos vales de serenidade,

Grita a tua indecisão de sentires aquilo que queres sentir, de mostrares a sensação,

Desabrocha os teus braços em cruz, e sente-te como te desejas sentir,

E por fim, deixa-te cair no sonho dos inocentes, no doce néctar do pensamento sadio.

Ignóbeis são aqueles que não entendem a tua serenidade, a tua disposição,

Por isso te apelo que fiques, e que não te vás, que vejas o mundo por ti,

Que queiras aquilo que para ti existe.

És tu contra ti,

És tu contra o mundo na tua simples maneira de ser.


Capone

1 comentário:

Anónimo disse...

muito bom! nao imaginava que escrevesses tao bem, mas isso nao se imagina nao é?
parabens pelo blog, está muito bom, conta com uma linda menina q eu adoro muito!!!! e com um amigo que sinto que posso contar com ele sempre!
boa sorte e bons pensamentos!
vou passar aqui mais vezes :)
beijos
Joana (da faculdade*)