Discrepâncias
Os minutos do nosso silêncio foram comidos pelas horas da distância,
E os segundos da nossa amizade são contados pelos dias em que te tenho em mim.
Não é por mais nada que não o teu jeito,
O olhar que passou pelo que não senti que tinha em mim. Tu.
Sempre queres fugir para lá da tua identidade? Refugias-te no meu ombro. Não.
Sempre te olhei com o mais religioso dos respeitos, mas sei,
Que nem sempre tive toda a tua atenção, nem sempre respiraste as minhas ideias,
E acredita, que o desperdício de uma vida passa por esses momentos fugazes,
Mas os teus olhos solares continuaram a iluminar durante noites a fim o meu percurso.
Junto à minha pele, foste alguém que já aqui esteve, junto ao inferno,
E diz o que tenhas a dizer, porque estou cada vez mais impuro, e nada há mais a falar.
Giro-te em torno do mais belo chão estrelar, e sorris. Significas aquilo que quis,
Porque não sou quem por vezes julgam ser, mas sou aquilo que tenho que ser contigo,
E sabes que sempre que sintas a mais pequena gota a esvair dos teus olhos,
Urge aos céus a minha ajuda, porque não te quero sentir em desafogo.
Permites-me confundir o que sinto, consentes que volte a ter a certeza da minha estupidez,
E sem te querer tocar na angélica face de quem sente o mundo de maneira diferente,
Sinto-me tentado a querer para ti o melhor dos superiores sonhadores,
Alguém que te possa ajudar a efectivar os teus doces devaneios poéticos.
Entrego a minha alma em ti porque sei que a vais ler com atenção, e peço-te,
Bloqueia-a para que nunca mais tenhas que atingir os picos da idiotice comigo.
Parcas são as palavras que caem neste papel,
Mas sim foste e serás aquela que me transformou, que me fez duvidar do que sentia,
Mas quem tomou a decisão de te deixar entrar em mim fui eu,
E por isso sente o vento beijar a tua face, és livre,
Este universo é teu. Abre a tua voz pelos longos vales de serenidade,
Grita a tua indecisão de sentires aquilo que queres sentir, de mostrares a sensação,
Desabrocha os teus braços em cruz, e sente-te como te desejas sentir,
E por fim, deixa-te cair no sonho dos inocentes, no doce néctar do pensamento sadio.
Ignóbeis são aqueles que não entendem a tua serenidade, a tua disposição,
Por isso te apelo que fiques, e que não te vás, que vejas o mundo por ti,
Que queiras aquilo que para ti existe.
És tu contra ti,
És tu contra o mundo na tua simples maneira de ser.
1 comentário:
muito bom! nao imaginava que escrevesses tao bem, mas isso nao se imagina nao é?
parabens pelo blog, está muito bom, conta com uma linda menina q eu adoro muito!!!! e com um amigo que sinto que posso contar com ele sempre!
boa sorte e bons pensamentos!
vou passar aqui mais vezes :)
beijos
Joana (da faculdade*)
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