quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Aos poucos...

Com mágoa
Agarro-me à paixão, à minha força emocional.
Porque me perseguem estes medos, estas censuras à minha existência, à minha liberdade?
Quero desistir, quero deixar-me ir, quero me afogar no choro,
E será então que terei paz, que me constituirei no meu tempo,
Que desistência seria então essa?
Não abandono o amor que me preenche, lamentos do que a vêem,
Recordações de dias melhores, que outrora me constituíram,
Fases felizes que não me acusaram como ausente,
Relembrando-me que o silencio, não é para mim o melhor conselheiro.
O que me faz respirar és tu e a minha triste escrita,
Que a cada dia que passa se torna mais melancólica e abandonada,
Fruto e reflexo da minha atacada alma por quem me quer.
Não me creio abençoado por nada nem ninguém, pois se assim o fosse,
Não estaria a escrever estas palavras delinquentes.
Perdoa oh Deus a minha falta de fé, mas o meu intuito sempre foi,
E continuará a ser, agradar o outro, em vez de mim;
Perdoa o meu altruísmo, sei que peco pelo exagero,
Mas Dizei-me, achais que a este tormento a que agora estou sujeito,
Eu deveria de estar exposto, entregue?
Se agora pudesse ter um desejo, pedia-te paz interior, de maneira a que pudesse encarar a vida com desejo e muita força,
Ou então, Pedia-vos que não me abandonásseis, e que me recriasses,
Mas que mantivesses a minha outra metade.
O meu amor é puro, digna da mais perfeita flor,
E é isso que sinto, meu eterno Deus, e sem querer abusar,
Peço-vos que olhásseis por mim e por quem me preenche,
E, que por fim, fizesses ver a quem me ordena, que tudo o que quero são eles,
E a outra metade da minha vida. Peço-vos!
Quero o meu mundo intacto, quero o meu dia e noite,
Quero ser paz, quero ser o escudo de protecção,
Quero que o resto da minha vida, seja aquilo que eu mereço.
Não desisto, vou lutar, mas quero ajuda na busca da paz.
Sinto muito, Senhor…

Eduardo

1 comentário:

Shadow disse...

Aos poucos tudo se alcança. Com ou sem graças divinas pelo meio, o que interessa é acreditar em nós próprios e crer que o coração que bate no nosso peito não foi só feito para sofrer.
Belo poema.