terça-feira, 6 de novembro de 2007

Dois assuntos


Esta noite vou comer o chão que piso.
Sensivelmente, dois passos atrás de mim, estão aqueles dois que ainda há pouco lhe tocaram, mas ouço os seus confessos sentimentos de despreendimento, mas se assim o é, porque lhes dói tanto? Sinceramente, sempre achei que seria fácil não assumir o claro desprezo pelo que não é fisico, mas reparo nas suas reações, e acho que a felicidade não é assim: apenas sentem uma certa leveza na mente, mas é claro para mim, que o coração lhes pesa.
Por razões como esta, digo que como o meu chão, porque tudo o que era certo deixou de o ser, porque o mundo está ao invés, e a realidade verdadeira, deixou de ser a base do futuro. Nesta noite, abro o meu peito para o novo, porque o velho, já é recente.
É suave a tua voz a dizer para não desistir, sabe bem.
Alguém me sabe dizer qual a razão porque continuamos a doar o coração a quem não o quer, ou não merece? Não foi comigo, pois não não foi, mas sinto o vosso pesar aqui, aqui mesmo à minha frente, não o vêem? Porque não falam, vocês os três, mais os vossos consentimentos?
Finjo que não vejo. Vou seguir a tua voz, sabes?Porque ainda aqui estás, porque sempre estiveste. Deixa-me então sentir tudo o que é novo!...

Eduardo Coreixo

1 comentário:

Anónimo disse...

Não devemos nunca sofrer os sentimentos dos outros, é um erro, basta-nos sofrer os nossos.
Nao temos de nos preocupar com terceiros, so com aqueles que para nos sao os primeiros, pois ai somos os segundos e os terceiros ja nao interessam.
Escreves cada vez melhor, beijos***