Esta sou eu. Bem, não sou eu apenas, sou eu cuspida do meu mundo e devolvida ao mundo que me deixa na fila de espera para arranjar espaço de encaixe. Romântica grávida de azia; ateia - benza-me Deus - e sem esperança nenhuma já no passado. Cega demais para ver o futuro, ignorante por gosto e sem gosto pelas coisas do paladar.
Cheiro as novas essências que... já foram, já estão gastas. Ouço tantas vozes e soam-me todas inválidas de nexo. As minhas narinas estão de greve e até considero o olfacto o menos parvo dos meus sentidos- isto deverá querer dizer algo, mas não diz. Ironias, sarcásticas como elas só. Sinais? Tenho-os muitos, principalmente nas omoplatas. E mais uma vez, repito: esta sou eu e mais qualquer coisa.
Ora da última vez que eu fiz isto, tinha sete ou nove anos. Senti necessidade de me apresentar, já que ninguém me fazia o favor de me explicar como é que eu era, logo, dizer-me como deveria de agir. Fui demasiado educada, pensando agora melhor, foi esse o mal, o mal foi esse. Mas assim como assim, não descobri grande coisa : que odiava papas, que as princesas eram todas bonitas, que os senhores que brincavam às bandeirinhas na Lua é que eram e que comer fígado provocava angústia no coração. Mais tarde odiei quando me chamaram de princesa e viver na Lua já me bastava, agora era Marte o caminho. Os gostos ainda hoje se mantêm, não sei porquê, porquê? Não sei.
Ora se esta sou eu e mais outra coisa que hoje não consigo explicar, não morro de amores, nunca hei-de morrer de decepção, porque o primeiro passo não está dado. É, acho que trinco demasiado no caroço, mas pode ser que qualquer dia haja alguma comida pelo meio.
Ora da última vez que eu fiz isto, tinha sete ou nove anos. Senti necessidade de me apresentar, já que ninguém me fazia o favor de me explicar como é que eu era, logo, dizer-me como deveria de agir. Fui demasiado educada, pensando agora melhor, foi esse o mal, o mal foi esse. Mas assim como assim, não descobri grande coisa : que odiava papas, que as princesas eram todas bonitas, que os senhores que brincavam às bandeirinhas na Lua é que eram e que comer fígado provocava angústia no coração. Mais tarde odiei quando me chamaram de princesa e viver na Lua já me bastava, agora era Marte o caminho. Os gostos ainda hoje se mantêm, não sei porquê, porquê? Não sei.
Ora se esta sou eu e mais outra coisa que hoje não consigo explicar, não morro de amores, nunca hei-de morrer de decepção, porque o primeiro passo não está dado. É, acho que trinco demasiado no caroço, mas pode ser que qualquer dia haja alguma comida pelo meio.
1 comentário:
essa és tu...e és linda
bj grande
rik
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