terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Fuck Off

Faz-me uma gentileza , um por favor sem calotes nem penhores:
desopila-me a vista e desaparece-me deste mundo.
Vá lááá.
Não me apetece mais fechar os olhos.
Olhos vingativos e amorosos, nojentos, que sa foda.
"Uma coisa é uma coisa , outra coisa é outra coisa. "
(...)
Quem é que pensas que és? Diz-me, esclarece-te , gentileza, e escreve-me uma puta de uma nota, uma boa educação , a que tu não tens, essa mesmo. Não parto, mas de longe deixo a loiça intacta se for para assistir à minha morte. Estou partida, de alma e mais qualquer coisa. Talvez. Não tenho nexo, devo muito àquilo bom que toda a gente quer e ninguém já tem, que já não existe, que matem se alguém o tem que não faz cá falta. Inveja. Ciúmes. Maniento. "Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. "
No meio e no fim desenho-te. O início é o mais difícil, já me dizia a minha avó. A minha avó passa os seus dias todos a queixar-se da vida que teve e a desejar uma morada mais sarcófaga. Vá lá alguém entender; também não pretendo ser avó de ninguém.
.
Claustrofobia e uma esplanada.
Vícios que ditam a minha inércia.
Que nojo de impasse, que morte tão certa, que tanta incerteza e tanta sede de vida.
Uma coisa é uma coisa.
Outra coisa.
Em língua da realeza podre.
É outra coisa.
"Aqueles que me amarem apanharão o comboio".
Cláudia

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