quinta-feira, 3 de abril de 2008

Carinhos do Sol

Ficámos ao Sol a torrar a pele morena
Ficámos naquela praia de pedra calçada
Ficámos presos naquelas cadeiras pela inoperância.

Foi hoje neste dia de Sol, dono de mestrado
Foi à bocado quando estávamos relaxados da vida
Foi quando todos aparecemos, quando depois, dissemos adeus.

Dia de mercúrio em que o sal ficou espalhado pela mesa
Dia em que o almoço foi demorado, criado pela insistência
Dia em que o convívio foi longo, sem jeito.

Hoje fomos todos normais, como a vida deve ser
Hoje desistimos de ir a aquilo que não queremos
Hoje fomos pequenos rebeldes, grandes relaxados.

Tentei te ligar quando ia para casa, mas não atendeste
Tentei te dizer as saudades que tinha tuas, da tua voz
Tentei, tentei, e voltar a tentar. Não deu.

Talvez valha a pena assim os dias passados sem problemas
Talvez seja mesmo isto que queremos
Talvez mereça pensar que a vida é pobre, nós é que a enriquecemos.

Eduardo Coreixo

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