quarta-feira, 18 de junho de 2008

Vontade de Brilhar

Sempre me pareceu estar parado
Dentro da tua cabeça a pairar
Sobre mundos que sabem a desde sempre
E não, hoje não estou barulhento,
Porque antes de me lembrar do ontem,
Estive sentado na minha sala, a sentir o vazio.
Hoje sinnto que me estou a enganar,
Estás tu dentro da cabeça
A manipular mundos que sabem a desde sempre.
É complicado saber quem sou, e poder ser quem sou,
Mas responsabilidades todos as têm;
Já lá dizia o outro, que os dedos são muitos,
Mas poucos os anéis,
E, minha rosa brava, a alma não tem espinhos,
Tem dedos à espera de serem preenchidos.
Tornou-se dificil ser eu, viver-te assim,
Mas hoje foi a epítome deste comboio,
Que durou pouco, mas foi cumprido,
Que não passou rios, mas que encharcou o coração,
Porque hoje, a alma é mais pequena,
Sem estrela, sem planeta, sem vaga,
Sem ti, porque tudo tem que acabar.
O dom de uma palavra
A paixão que são todos os momentos,
Hoje estou e ficarei sem sorriso,
Em tons de amarelo-lua,
Em paisagem pôr-do-sol/ madrugada.
Eduardo Coreixo

1 comentário:

Pseudónima disse...

Adorei o final. Mais uma vez, aprecio -te pela visualidade que ritmas nas tuas palavras.

Beijinhos =) Me liiiike it.