Uma vida a dois
No meio da cidade deserta que é o teu coração
Por ramos doces, que crescem do chão imundo
Arenoso está o botão para desligar a morte.
Cidade perdida, qual Lisboa em tempos de guerra
Olho para ela, como piedade em calda em ponto;
Tudo o que se diz e não se escreve é pecado,
Porque assim se perdeu o contracto com a felicidade.
Negro, negrito, negridão completa
Choro pelas almas que perdeste nesse deserto de água seca,
De sol duro e mordaz, do tocar da fonte luminosa.
Eduardo Coreixo
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