quinta-feira, 9 de julho de 2009

Liberdade Instantânea


Claro como o branco,
Que maneira de acordar e de ver por ali.
Podia ficar por ali, e contar como me fazes ser livre,
E como gostava que me ouvisses, mas vou-te deixar dormir.
Abro as cortinas lentamente, e as nuvens surgem,
Vindas lentamente do horizonte,
Uma imitação de algo tão prefeito, que me apanhou de surpresa.
Estou sempre livre contigo, sempre de asas arregaçadas,
Deixei de existir sem correntes aos ombros,
E nunca adivinharia que estaría assim por tua causa.

Gotas de um orvalho perdido, sol raiado de laranja
Sem saber como aqui cheguei, mas toco a minha vontade
Porque apenas ela pode curar a dor,
Está tudo aqui por dentro.
Depois de todo este tempo, de todas essas pedras quebradas
De laivos de genialidade, de modos desmesurados,
Tento empurrar o passado para trás, pelo meu orgulho.

A pele quebra-se com o gelo, curado pela tua mão
Sensivel toque, de uma alma egoista que me ama por demais,
E que fica lá por fora, porque tem medo de me magoar.
Não consigo consigo sobreviver sem beijar a tua alma
Sem me toldar o juízo de valores perdidos
De um dia quente de Inverno, de folhas molhadas.
Tentei ir mais alto, mas agora estou livre e só quero ficar aqui,
Atado a ti, a milhas desse tempo passado.

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