sábado, 12 de março de 2011

Cair em desgraça



Juro-te que tive este medo de te perder...desde o início de tudo. Beijos à chuva, conversas longas, carinho mútuo...Esperei tanto por isto, e agora...acabou-se. Abriram-se os meus olhos, e fizeste-me ver tantas coisas (ainda que da pior maneira) que eu julguei estar realizadas. Tomei por certa a vontade, o tempo e espaço (que sei que não te dei), e hoje choro por essas palavras que te queria dizer...e não vou ter essa oportunidade.

É fácil pedir desculpa, mas não é fácil dar a mão.
Disse-te numa noite que daria sempre a tua razão, quando a tivesses, e esperei que tivesses entendido. Não é a cavalgares por cima de mim que serás a dona da verdade,não é a pressionar-me, a cortar-me...que tu me ganharás.

Nada foi assim tão curto. Foram muitos os pensamentos, foram algumas as horas passadas a falar, e sim, foram muitas (bastante), as pressões exercidas. Pensava apenas que eram um barco com lugar para dois, e não para um.Estou errado?Diz-me que me enganei.

Sonhei com momentos juntos, e embora o nosso tempo fosse ainda curto, pensei a longo prazo. Alma nunca será grande o suficiente para albergar toda a esperança, toda aquela vontade que me foi negada, toda a insensatez com que me tratas. Dito isto, sabes que o meu coração é teu, sabes que a minha alma nunca mais será a mesma, sabes que apesar de tudo...estou aqui para ti, à tua espera.

Espero que entendas. Hoje foi um dia complicado. Vou ali chorar, e venho já...
Choro para que voltes,choro para que vejas o arrependimento deste pobre insensato, desta pobre alma que já não sabe...existir.

Eduardo Coreixo

2 comentários:

Maggie disse...

Entendo tão bem, Eduardo. Mesmo.

Claudia Alves disse...

A sinceridade está lá. O resto,é demasiado pessoal para comentar.Tinha saudades de te ler.

Abraço e saudades*