Disse tudo, tudinho, sequei a garganta e o pensamento, gritei o que ele não queria ouvir, sussurrei as palavras doces. Menti.
Nunca lhe disse puto, nunca deixei para hoje o que era de hoje, nunca deixei para ontem o de amanhã. Nunca menti.
Vomitei tantas palavras, tantas, tantas, e não me lembro do que disse. Implorei. Esperneei. Ele não ouviu.
Jurou-me que fora sem intenção, que fora "tão sem querer" e eu juro que não acredito. Não lhe perdoo, é o que é.
E minto outra vez, se for preciso.
Claudia
1 comentário:
Os gritos mais dilacerantes nascem no silêncio gélido que trespassa o olhar de duas pessoas.
Porque é que existem pessoas que ouvem tarde de mais?...
Escrita sempre com tanto significado e que nos marca e relembra do que nos está à flor da pele.
Kisses,
Shadow
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