domingo, 21 de outubro de 2007

Dor de pensamento


A razão de ser, já não a é,
A destreza da alma está presa,
A liberdade está cada vez mais condicionada,
A pureza dos movimentos é cada vez mais viviada,
A tristeza é uma mentira por nós criada,
O amor, uma necessidade pura de aconchego,
E eu não sou poeta, não sou escritor,
E porque sou preso de movimentos
Cego de verdade, apenas puro no sono
E incapaz de sentir a melancolia no coração.
Como um poeta já o foi,
Também eu sou falso poeta,
Criação da minha mente,
Produto da sensaboria da minha nascença.
É este o meu fado.

Eduardo Coreixo

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