São altas as horas, estas em que me encontro.
Sinto-me no ar, mas o sono não me acompanha, e a paciência persiste
Porque o barulho da música veio para ficar
E eu tento descobrir algo que seja diferente em mim,
Algo doce.
Tem cuidado com a alma do teu olhar, porque ela partirá com a solidão
Porque o teu musculo bombeador está fraco,
Tal como estas cordas que tão num timbre tão baixo,
Que mais se parecem com a rouca voz do louco guardião do tempo.
Quero o teu respeito, porque dás-me ouvidos porque sim, e porque não.
Tenho medo de te dizer algo que te faça chorar. Sente-me perto do teu ouvido.
Aproximo-me calmamente para te dizer: amo-te.
Que tens no olho?Uma lágrima?
Sim estive a chorar.
Ficámos então ali.Ela a chorar sem razão, eu a beber o seu olhar. Somos felizes.
Eduardo Coreixo
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