quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

London eye


Faz o tempo parecer longo o dia desde que miseravelmente foste para o carro,
Porque sabíamos que seria difícil a nossa estrela voltar a viver,
Mas ocasionalmente lá estaríamos juntos em breves batidas de segundos
Não o suficiente para que te pudesse abraçar como fazíamos.
Ficou a sensação de um vazio profundo nos braços abertos
Como que se vergaram cabeças para o chão,
Vozes silenciosas se bradaram aos céus. Tinhas ido.
Foi ainda à pouco espaçoso tempo que nos vimos,
Conversámos, matámos as palavras que tinham ficado presas na alma
(Tinhas tanto para contar)
Concordámos em coisas impensáveis,
Criticámos mentalidades retrógradas (lembras-te?),
E seja eu um Lúcifer se não irei ter contigo a essas terras,
Essa terra não muito distante, mas que me marca no mapa como destino,
Porque sem saber porquê, não é por adormecer que me desaparece o sonho.
São os momentos que falámos e que ficámos por ali,
Mas perco a razão, e choro porque a saudade fere e arde,
Ainda que um dia estejamos por aí.
See you around, in this world that is mine and yours,
In the next unfilling gap.
Eduardo Coreixo

2 comentários:

Pseudónima disse...

Quando as pessoas se amam, é isto. Lamber as feridas e torná-las cicatrizes bonitas de se verem.

Que esse "até breve" seja mesmo breve, com o sorriso que te mereces devolver.

Muito bom. Esperança. Só. =D

Anónimo disse...

Priminho...
se soubesses o que aconteceu no dia 17...
E bom saber, ainda que no escuro, estavas comigo naquele momento em que as palavras de conforto eram mais que necessarias e o carinho daqueles que sempre nos vao amar se tornam a unica razao para continuar uma vida onde a mesquinhez e maldade daqueles que respiram nos destroi.

Pode parecer distante, longo ou ate mesmo sem fim o tempo que pela ultima vez trocamos frases soltas. Com ou sem sentido.
Mas a memoria daquilo que por ser vivido nos deixa um sorriso na alma nao e esquecido nem e um sonho. Uma memoria que fica de entre muitas gargalhadas sentidas.

O destino aqui te espera, numa terra onde sou triste e sou feliz, e onde o vazio dos bracos que um dia ficaram abertos acabara por se extinguir num abraco apertado, que mesmo em silencio solta ruidosas emocoes...

Obrigada pela memoria, desculpa a falta de sensibilidade com as palavras mas nunca foi a minha "cup of tea"!
E quanto aos acentos... bem... benvido a terra nao muito distante que te marca no mapa como destino ;)

*nes