segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Íntimo


Guarda-me numa gaveta com a imagem deste momento e umas quaisquer palavras que te amansem a falta de peças. A falta de cómodas, armários, letras, gavetas não tenho. Guarda-me em qualquer sítio, desde que eu não me consiga encontrar. Vamos brincar ao quarto - escuro da alma, parece-te bem?

A felicidade traz dor? Nunca tive tantas dores , feliz por não ter voz nem o número do 112. Liga-me para desejar um dia igual aos outros, principalmente igual aos dias em que te tenho. Liga-me, enquanto não me lembro que esqueci o meu telefone algures na morada que dizem que é minha e de que me lembrei mas já não sei. Liga-me só para eu ouvir a tua voz. Ouço a tua voz e desligo, prometido. Nem são precisas conversas. Só um nome parecido ao teu no meu visor de reduzido alcance. Vá, eu sussurro , enquanto não te decides.

Eu digo-te quando chegar a hora. Quando for tempo de abrir o cadeado e sentir-me menos suja por estar tão curada. Eu aviso-te, mas não hoje. Liga-me e guarda-me enquanto me despeço de mim ou qualquer coisa que me valha. Enquanto me dizes feliz e eu acredito.

1 comentário:

Eduardo disse...

bem bem...vamos lá ver essas intimidades,lol. querias que comentasse, aqui tens.lol.
Bem, a tatuagem fez-te mal, ficaste mais sensivel.lol kiss