terça-feira, 4 de março de 2008

Desejos (imune sensibilidade)


Gostava de saber o amor
Quem dera ver o mundo de cima de uma folha de papel
Com a caneta na mão, no frio de uma noite quente.
Quem dera poder espreitar a alma que invade
Saber os murmúrios de uma estrela velha
Saborear o som de uma gota redundante na água
Quem dera ser eu o último a levantar a mão na morte.
Volta a sensaboria de não saber o que escolher,
Eu sei que que qual cadeira de três pés,
Caio na ilusão de querer ser estável nas cordas de uma guitarra,
Pois quem dera saber seleccionar a vontade que tenho.
Quem dera, sim, poder te beijar o teu olhar,
Sentir a sinceridade do teu momento
Poder amar sem dizer que não tenho que ser amado
Quem dera te tocar na hora em que choras por desespero
Poder ser a letra da tua música que te inspira
Querer escrever o poema da tua vida,
Quem dera eu ser eu, quem dera que assim não fosse.
Podes não ficar triste, isso não quero de facto
Sejas quem fores, que sejas portanto tu,
Porque aqui e agora que faltam as razões,
Quem dera sermos sempre nós a lutar e a ficar.
Quem dera ficar assim...

Eduardo Coreixo

2 comentários:

Pseudónima disse...

Quem dera, quem dera...

(Aplausos.) Beijinho. =)

Eduardo disse...

mas que lamexices caramba...