domingo, 20 de abril de 2008

Semi




Já cá cantam mais batalhas quase imperceptíveis e lições aprendidas, quase, quase sem me dar conta. Depois é aquela coisa do não olhar para trás e pensar que é para a frente o caminho. Não doeu nada- não me doeu realmente nada, depois da dor. Vou fazer uma troucha com percalços, ilusões e uma bolacha; depois mando-os à vida que os apanho lá mais à frente, por via de postais e cartas ao zé-ninguém. Tenho a certeza necessária que é preciso ter e a força vai bem, muito obrigada.


Não vou a lado nenhum, se me deixarem. Dedico-me ao mundo, enquanto não chegares. Tento por tudo que não sejas aquele que não vejo, quando não olho e até rezo; até rezar voltou à mesa. Sei que vens e isso basta-me; não tenho pernas que acompanhem o meu coração e de tanto procurar quase me perdi. Graças a Deus que tenho lições aprendidas e que até me parece ter ganho a luta com as coisas invisíveis. Sou uma espécie de semi- super-mulher com semi- aleijada - sentimental. E não me queixo, atenção; estou à espera do passo número três. Quanto a ti, meu bem amado, podes vir quando quiseres , que eu não vou mesmo a lado nenhum.

1 comentário:

Eduardo disse...

"não tenho pernas que acompanhem o meu coração e de tanto procurar quase me perdi."----» das melhores frases que li de ti,sinceramente.

Percebo-te e compreendo-te,
Beijos cara escritora