sábado, 7 de junho de 2008

Obrigado... Posso repetir? (Hora do Conto)


Padrinho, deixa-me baixar as defesas de novo ao pé de ti. Desta vez quero chorar. Choro o meu presente e o futuro. Penso que Londres talvez seja mais vazia do que eu imaginava. Deixa-me estar ao pé de ti a chorar, e tu no pc, não importa, mas conforta. Deixa-me estar uma quarta feira inteira a suicidar-me com murros na testa. Eu sei que tu me entendes, eu sei que sabes o que é alguém ser a tua vida. Deixa-me fazer brainstorming até ele explodir. I couldn't care less. Deixa-me ganhar forças para sorrir ao mundo quando o mundo chegar ao corredor, vou conseguir dizer que está tudo bem. Deixa-me olhar para a tua preocupação não fingida, não fanática, deixa-me perceber a tua amizade. Deixa-me ter a preguiça de ir de fato de treino para a faculdade (o meu luto). Choro padrinho, e por quem eu choro não chora por mim, por quem eu luto, não luta por mim.

Vamos manter a originalidade de um padrinho e um afilhado que fornecem armas um ao outro, durante a guerra. Vamos manter a originalidade de estar como bandidos, sozinhos, às oito da manhã, na coca-cola. Vamos manter a originalidade de nos compreendermos e de ter opiniões diferentes. Vamos manter a originalidade de sermos nós. Obrigado padrinho, posso repetir?


Palavras Chave:
Imperfeição, Finito, Adeus

Eduardo Rilhas

1 comentário:

Eduardo disse...

caro afilhado, que a originalidade continue...por muitos e bons anos...como um dia me disseste, que venha a nossa relaçao seja tao boa e duradoura como a minha com o meu padrinho...
It mooved me!!
Grande abraço