Fui à praia para ver o teu raiar,
Sentir a brisa de um vento caloroso
Ver o raiar dos sorrisos veraneantes
Acreditar que ainda existem ondas solitárias,
Ver que ainda há o sol.
Desci do meu pedestal até à praia,
Sentir a areia quente por entre os dedos de mármore,
Cheirar aquela presença das dunas almofadas,
Apontar a arma da voz ao vazio da creditação,
Saber o que ainda é a música do verão.
Fui à praia, para ver se lá estavas,
Beber uma água frescamente arrefecida pela saudade
Saber que de ontem a amanhã, ainda lá estarás
E querer ser o primeiro a saber o que foi,
E a dizer-te o que tu hás-de mostrar ao Mundo.
Desci e fui até à praia, e soube quem eu era ali,
Pensei em ti, em nós, na infinitude
E hoje sou o brasileiro daquela praia modesta,
Porque dancei com as ondas de palavras que me surgiram,
E optei por escrever sobre quem eu amo,
Com humildade que me recreou hoje, no sol da minha vida.
Eduardo Coreixo
1 comentário:
Eu ainda acredito que é no mar que todos nos perdemos e encontramos.
Muito bonito, meu querido. ;)
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