sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Between our fields of Gold

Para dar um adeus, tive que pagar...um copo. Como que estive para cortar a pata de um coelho, para te dar algo simbólico daquilo que te desejo, mas coitado do animal...No meio de tudo isto, quanto é que é real?
Sinto, que sim, talvez, este adeus não é apenas simbólico, porque efectivamente pararás por outras paragens, novamente...Mas que maldição, porque porra tem que ser a alma tão pequena, e o espírito tão grande? Porque somos tão invejosos, que não conseguimos dizer adeus, apenas pelo adeus? Porque temos que escrever sobre estas coisas? Não percebo.
Falando de outras coisas, ainda tenho aquela fotografia na parede do meu quarto, aquela que também tens no teu, sabes?Foi numa praia, que sem intervenção divina, haveria de marcar a única coisa que tenho realmente tua, além de um pouco do teu espírito. Não me vou saturar por estes momentos, mas sinto a tua falta, e não fui capaz de to dizer convenientemente. Torço e contorno-me a tentar olhar pelo espelho a tua imagem, que se foi por mais uns tempos, até que um avião te traga de novo para estes cantos do Mundo, possivelmente, o teu.
Sei que não somos unha e carne, mas acho que estamos um pouco acima disso. Não estou sempre a falar sempre contigo, não estou sempre a olhar para ti, não estou sempre a pensar em ti, não sou modelo para ninguém, mas lembro-me de ti, e sinto a tua falta, acima de tudo isso. Ambos sabemos que pelo meio de tudo isto, correm ossos de quilómetros, mas apertar-te durante estes poucos dias que te vi, foi o meu amparo para alguns meses em que não te vou ver.
A intenção deste texto, não é ser bonito, não é ser "perfeitinho", nem sequer ou tão pouco monumental...É para entenderes que de facto existe algo que me liga a ti, nada que nem eu sei explicar, algo que ultrapassa seres família...Algo que é por seres tu.

Vemo-nos então já ao virar da esquina...Até já Inês Londrina.
Eduardo Coreixo

3 comentários:

Ciocarlia disse...

Estar com quem nos faz bem devia ser de lei! Não deviamos ter outra obigração na vida que não a de estar sempre rodeados por quem amamos e esquecer tudo o resto.Não è?

Infelizmente a vida está cheia de Inês Londrinas.
Beijo.

Medusa disse...

Infelizmente não podemos estar sempre com quem nos faz falta... não podemos abraça-los em todos os momentos... não podemos estar aqui e lá ao mesmo tempo... mas o melhor de tudo... é saber que podemos estar a quilometros de distancias, mas que apesar da saudade que nos mata, esta pode ser depois compensada pelos momentos em que somos nós que a "matamos" e que um abraço sentido nos faz acreditar que a amizade/amor são demasiado grandiosos para serem derrubados por pela distânica temporal ou espacial ;)

parabens pelo blog ;) gostei e vou seguir!

Anónimo disse...

Sem palavras... Esta realmente bonito! Continua porque tens muito talento.

Bjs