terça-feira, 2 de setembro de 2008

Desabafo



Só como só a noite sabe ser
Vi-me em sonhos a andar sozinha
Por uma estrada sem fim, sem brilho
Uma estrada sem mim
Sem resquício do que posso ser
Se quiser
Não no sonho. Um dia(?)
Uma estrada cheia
Cheia de palavras bonitas
Que nunca vivi mas que me sussurram
Sem sentido…podemos matar-te. Queres?
(queria)
Vagueio por uma estrada sem sentido
Sem fim
Sem mim
Desde sempre me lembro da estrada
Longa e penosa
Dos passos sós
Do sangue a gelar nas veias
E de sonhos em paragens desertas.
Eu comigo mesma
Sem mim.
Perdida na viagem.
Sem fim.

hoje acordei assim
nua
e no meio de uma estrada que não leva a lugar nenhum...

2 comentários:

Eduardo disse...

por vezes dói saber que escolhemos o caminho mais comprido, e mesmo assim, não chega...
como te compreendo **

Anónimo disse...
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