quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Explicação

Nesse topo da montanha, do outro lado do mundo

Ladeado por flores de cerejeira, de ponta gelada,

Foi para lá a minha alma, que desperdiçou a vontade de um dia te querer,

E porque há vontades para tudo, a minha foi de não esperar por ti.

Estranhamente perdido, tudo se torna estranho

Não hoje, não ontem, nem amanhã, mas sim esta luta de desespero,

Porque até que voltes a dizer que sim, até eu saber que vais pela estrada longa,

Saberei que me arrependo de não ter esperado à beira do alcatrão.

Eduardo Coreixo

Sem comentários: