segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Contracto para a vida


Que jogo tão confuso de se jogar,
Que coisa tão confusa de se fazer,
Confuso pelo meio do tempo intemporal,
Confusão nesta cor transparente de sorrisos.

Tudo amargou por ser sem tempo,
O próprio amargo não adoçou,
Porque engoli a vontade amarga de te dizer, de te mostrar
A tristeza, o desespero, a amargura.

Quero pegar no telefone, e saber o que lhe fazer,
Porque telefonar é tão impessoal,
Quanto o próprio jeito de falar de amor telefonicamente,
Saudade telefónica, da tua voz.

Quanto não dói saber que morres eternamente,
Morte imune aos desejos de um pecador docente
Que saber o que é estar dormente é tão mortal,
Quanto a a tua própria mortalidade, também ela impessoal.

A cada passo, a cada respiração,
Passo a alma, sem saber o que é respirar,
Porque passando os arcos da tristeza, respiras com o cérebro
Passadas largas, do inferno irrespirável.

Vou-te incansavelmente fazer-te a derradeira pergunta,
Porque o cansaço destas palavras, leva-me a vontade,
Vais ler em baixo, sem expressões cansativas de desamores
A montanha que cansativamente trepei, para te olhar nos olhos:

Esbanjas o infinito,
Assim que infinitivamente olhas o teu lugar de baixo
Já que o teu verbo, o dizes sempre no infinitivo, "amar",
Pergunto-te: vamos ficar infinitivamente?
E se não percebeste, pergunto daqui de cima do infinito:

Casas comigo?!
Eduardo Coreixo


7 comentários:

Eduardo disse...

resposta em privado.

Anónimo disse...

Contas-me toda a verdade sobre essa tua misteriosa vida?

Anónimo disse...

what a silly question

Anónimo disse...

Sim Sim... De "silly" n tem nada!

Anónimo disse...

Ora lá isso é que tem!

Eduardo disse...

controverso...

Anónimo disse...

controverso? nada mesmo