domingo, 1 de fevereiro de 2009

(C)ego e morto

Sol de campos abertos
Portas de modéstia pelos tempos passados,
Visão regeneradora de orvalho empurrado pela brisa
Pequena gota de equilibrio de morte velha.
Perante o espelho ressequido
Corta-se a memória de paisagens matinais
De respirações impiedosas, porque ninguém já as repete
Sonham-se os campos desertos, de sol incandescente,
Atropelam-se as luzes desses raios sombrios.
Sóbrio o pensamento de quem se expôs,
Almas de pequeno porte, dentro de pequenas cabeças
Porque para resposta complicada já chega a vida
De podres pecados, e águas desejadas.
Quanto disto é verdade,
De contaminação desse coração virgem,
Uma cena de actor irreverente, sem saber quanto tempo passou
Pela memória que jaz dentro desse jarro partido.
Sabe a desde sempre.
Sabe a almoço nocturno.
Sabe a saudade.
Sabe-me a paixão.
Sabe-me a ti.
Eduardo Coreixo

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