Rasgar palavras, esconder murmúrios.
Ouvir a escuridão do teu andar no soalho,
lembrar-te no mais fundo de ti, de mim.
A noite que vem é só mais uma vulgar
e ordinária como tudo.
Como tu.
Sendo vulgar e ordinária, a noite torna-se única
e apenas tua. Nunca minha.
Nunca nossa. Somente tua.
E no mais fundo de mim e da noite,
tu não existes, só fantasma de alguém que já não é.
E no mais fundo de mim e da noite,
a tua memória prevalece à escuridão.
Filipe de Araújo
19/01/09
Sintra
4 comentários:
No Way! Enterrar o que se sente? Nem tudo tem que ter um fim, há a renovação, a reciclagem...e muito mais.
Um abraço,
Carlos
Bom texto, sem dúvida.
Ben-vindo sejas, a este lugar que à muito esperava que aparecesses.
Re-Ben-vindo.
Eduardo Coreixo
acho que ja o comentei...
fico a espera de mais.
Lindíssimo, tocante, isso e tudo. Mais, quero mais... =)
Beijinho,
PseudoCoisa.
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