sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Complatamente...Visivel.


Quando tudo cai daquela escada perpendicular.
Pedi duas coisas ao mundo, aquele amor e pouco mas suficiente dinheiro:
Virou-me a barriga das pernas, e disse-me para a procurar com os olhos.
Procurar como? Então terei que deixar de sentir? Ser fútil?
Não, eu não sou Gaspar, nem os Passos d(um)' Coelho.

Tudo me caiu das mãos ao ver a ruína de um país construido,
De tanta lágrima e sangue derramado em terras nacionais.
Não, palavra de ordem. Sem pânico.

Ossos esgazeados de tanto serem chupados,
Cordas a roçar em nós...parecem violinos finos.
"Ah! a economia, Ah o pesadelo, Ah! a crise...".
Ah!, não. Não há. Nada. é essa a verdade.

Choro ao ver esta minha gente portuguesa passar pela mundez,
Arrepio-me ao ver jovens desterrados em praças de humilhação.
Velhos...Velhos a chorarem no poial das suas casas.
Vergonha. Vergonha destes governadores deste país que lutou como nunca,
Vergonha por dizer que jamais irei comer Coelho, que jamais irei gostar desse Rei Mago...
Gaspar...Give me a break.

Lamento pela inoperância de quem tem emprego,
Mas tenho que o segurar antes que me escape e me distraia.
As cordas desses senhores jamais perdoarão.

Peço desculpa pelo poema nada rectilíneo, e pela frustração clar.
Estou como o nosso país,
Em forma derrotada por forma. Oco por dentro.
Lamento.

Eduardo Coreixo

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